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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ambiente Natural e Ambiente Modificado

O homem, ao longo de sua história, foi se adaptando ao ambiente em que vivia, conforme suas necessidades. Como precisava de água, morava perto dos rios para poder trabalhar com a agricultura, as plantações dos alimentos, e manter condições de sobrevivência. Dessa forma, as cidades foram sendo formadas, pois as aglomerações de homens em determinadas regiões fizeram com que as instalações das pessoas melhorassem, através da construção de casas, igrejas, locais para diversão, escolas, etc. Para que isso fosse possível, o homem teve que modificar o ambiente natural. Dessa forma, parte da natureza foi destruída para abrir espaço para as construções. Através das construções, foram se formando as diferentes regiões, os países, os estados e as cidades, e sempre prejudicando e destruindo a paisagem natural, por mais que o homem tentasse preservá-la. Podemos considerar como recursos naturais o solo, a água, as plantas, os animais, o ar, a luz e o calor, que compõem a formação de determinado lugar. O crescimento populacional do mundo fez com que grande quantidade da natureza fosse destruída e isso acarretou em grandes problemas à vida do homem. A poluição das cidades tem causado a destruição da camada de ozônio, favorecendo o aumento de doenças como o câncer e as doenças respiratórias. Devido ao efeito estufa, temos o aumento do calor na Terra, provocando a estiagem das chuvas, o que leva à diminuição das águas dos rios. O calor excessivo tem provocado o derretimento das geleiras, aumentando as águas dos mares e oceanos, provocando catástrofes, inundações, tsunamis, etc. As cidades estão tão cheias, lotadas, que as favelas vão aumentando, destruindo a beleza antes existente. Além disso, nesses locais não há condições dignas de moradia para as pessoas, sem saneamento básico, com esgotos abertos, sem água tratada, causando várias doenças. Portanto, é melhor preservar a paisagem natural do que destruí-la, pois os ambientes modificados têm causado sérios problemas por sua alteração, e só prejudicam a qualidade de nossas vidas.


Equilíbrio Ecológico/Desequilíbrio Ecológico

Quando falamos em equilíbrio ecológico, estamos falando sobre uma relação estabelecida entre os organismos e que são vitais para a manutenção dessa espécies.
A extinção de determinada espécie ou população pode acabar afetando o equilíbrio ecológico existente em uma comunidade.
Quando falamos em equilíbrio ecológico de populações, remetemos aos seguintes aspectos:
(1) População de tamanho estável na qual as taxas de mortalidade e emigração são compensadas pela taxa de natalidade e imigração. Equilíbrio de fluxo de energia em um ecossistema;
(2) População na qual as freqüências de genes estão em equilíbrio;
(3) O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio. Não deve ser entendido como situação estática, mas como estado dinâmico no amplo contexto das relações entre os vários seres que compõem o meio, como as relações tróficas, o transporte de matéria e energia. O equilíbrio ecológico supõe mecanismos de auto-regulação ou retroalimentação nos ecossistemas;
(4) Equilíbrio da natureza; estado em que as populações relativas das diferentes espécies permanecem constantes; o equilíbrio ecológico tem um caráter dinâmico pois é submetido às relações constantes entre os seres vivos de uma comunidade e entre as comunidades ecossistemas; a destruição do equilíbrio ecológico causa a extinção de espécies e coloca em risco os processos ecológicos essenciais.
Há na natureza um equilíbrio dinâmico entre os organismos vivos (biocenose) e o ambiente em que vivem (biocenose), compartimentos estes que, formam o ecossistema, com suas trocas e influências entre organismos e entre eles e o meio. Fator de desequilíbrio é qualquer acontecimento ou evento que venha a perturbar as características naturais de um ecossistema.

Fatores naturais de desequilíbrio

São eventos muito esporádicos, imprevisíveis, como grandes furacões, terremotos, tempestades, maremotos, vendavais, etc., os quais tendem a gerar intensa destruição nos ambientes onde ocorrem. Dependendo do tipo de ecossistema atingido, os danos na comunidade biológica podem ser intensos, sendo necessários vários anos para a sua plena recuperação. Em alguns casos, eventos esporádicos, mas cíclicos (voltam a ocorrer em períodos de tempo longos, mas relativamente regulares), induzem as comunidades ao desenvolvimento de adaptações, como por exemplo nos cerrados, onde o fogo é um fator estressante periódico, que ocorre em intervalos de alguns anos. Neste exemplo, muitas árvores e plantas já se encontram adaptadas ao fogo, algumas inclusive necessitando dele em alguns processos reprodutivos. Neste caso, o fogo do cerrado é um fator de desequilíbrio para alguns componentes do ecossistema, mas para outros não.

Fatores de desequilíbrio induzidos pelo homem

Nesta categoria encontram-se todos os tipos de estresse produzido pelo homem na natureza: poluição atmosférica, poluição dos rios e lagos, poluição dos mares e oceanos, desmatamento de florestas, matas cilliares e mangues, depredação e captura de espécies para comércio, macacos, aves, focas, sobrepesca (captura excessiva de peixes, captura de peixes muito jovens e peixes em época reprodutiva), aquecimento global (efeito estufa), redução na camada de ozônio, explosão demográfica, etc..

Estes e outros fatores, ligados às atividades humanas causam perturbações nos ecossistemas, que vão desde efeitos imperceptíveis a curto prazo até a total destruição de ecossistemas inteiros, como ocorre com os aterros de manguezais, queimadas na Amazônia, derrames de petróleo, etc.. Um aspecto muito importante no que diz respeito aos fatores de desequilíbrio ecológico é que, estando todas as espécies interligadas em um ecossistema e dependendo do ambiente físico para viver, as perturbações ocorridas em uma espécie ou um compartimento ecológico (por exemplo, animais herbívoros), refletirão em toda a teia trófica, causando danos muito maiores, em todo o ecossistema.

Exemplo teórico de desequilíbrio ecológico:

O ambiente
Os costões rochosos do litoral de São Paulo, situados nos cantos das praias, e nas ilhas, são ecossistemas ricos em diversidade e densidade de organismos, os quais são agrupados em produtores (algas verdes, vermelhas, pardas), herbívoros (caramujos pastadores, caranguejos, ouriços, etc.), carnívoros (caramujos, siris, caranguejos, estrelas do mar), comedores de areia (pepinos do mar) e filtradores (cracas, mexilhões, ostras...). Todos estes organismos, cuja diversidade pode chegar a várias centenas de espécies, estão ligados pela teia trófica, na qual uns servem de alimento para outros.

O fato

Um derrame de óleo atinge o costão recobrindo parte da comunidade presente nas rochas. Diversas espécies de algas morrem intoxicadas pelos compostos químicos do óleo, bem como estrelas do mar, anêmonas e ouriços. Caranguejos herbívoros e caramujos morrem asfixiados e recobertos pelo óleo.

Conseqüências

Com a redução drástica das algas presentes na rocha, os herbívoros que sobreviveram não terão recursos para se alimentarem e sua taxa de mortalidade irá aumentar; conseqüentemente, os carnívoros que deles se alimentavam também irão iniciar um período de abstinência alimentar, e assim por diante ao longo de toda a teia alimentar. Por outro lado, com a morte das algas, muito espaço na rocha foi desocupado e as espécies mais resistentes e com grande capacidade reprodutiva, como as cracas, ocupam a rocha descoberta, em uma área diferente da sua área natural de ocupação. Com o tempo, um processo de sucessão ecológica se inicia, onde o ambiente passa por fases de recuperação até retornar às condições próximas às de antes do derrame de petróleo.

A recuperação após perturbações ecológicas graves, pode durar muitos anos ou até décadas, como é o caso dos manguezais (desmatamento e aterro de manguezais não possibilitam a recuperação natural dos mesmos).

A séria realidade do desmatamento da Amazônia é outro bom exemplo. A floresta vive sobre um sedimento extremamente pobre em nutrientes. Os sais, oligo elementos (substâncias vitais, mas necessárias em pequenas quantidades) e todos os nutrientes necessários às plantas são extraídos das camadas superficiais do solo, onde se acumula grande quantidade de matéria orgânica vegetal e animal. Todo este material é constantemente decomposto pelas bactérias e fungos (decompositores) com o auxílio dos insetos que trituram e “picotam” os restos vegetais, e os nutrientes retornam às plantas fechando um ciclo delicado e equilibrado. Com o desmatamento, para a formação de pasto para o gado, este ciclo da floresta é quebrado. O pasto que cresce no lugar da floresta logo extingue os poucos nutrientes do solo e não consegue mais resistir, tornando necessários novos desmatamentos. A própria queima, método utilizado no desmatamento já é bastante prejudicial ao solo.

O desequilíbrio ecológico, resultante de atividades humanas desordenadas, causa perturbações, a curto, médio e longo prazo, nos ecossistemas naturais, mas também tende a reverter estas perturbações ao próprio homem, uma vez que ele vive e depende do meio ambiente para continuar a sobreviver. Sem água potável, sem ar respirável, sem florestas, sem fauna e flora em equilíbrio, a qualidade de vida do próprio homem encontrar-se-á ameaçada. Há muitos indícios de que as mesmas espécies marinhas e terrestres, que hoje estão se extinguindo, estão levando consigo substâncias presentes em seus corpos, que poderiam ser a solução de muitas doenças. Isto é especialmente verdadeiro para as centenas de espécies de plantas e animais desconhecidos da Amazônia, cujas populações inteiras, neste momento, estão sendo destruídas, sem ter sido sequer descobertas e estudadas.

Finalmente, o fato que é considerado a causa de muitos processos de desequilíbrio ecológico é a explosão demográfica da população humana, graças ao desenvolvimento da tecnologia, da medicina, da melhoria da qualidade de vida em geral. É importante se ter ciência de que a população humana está crescendo em progressão geométrica, mas os recursos necessários à nossa sobrevivência não. Atualmente, calcula-se que para a humanidade dobrar de tamanho sejam necessários apenas trinta anos. A pergunta é como irá se comportar o meio ambiente e os ecossistemas do planeta com este crescimento e desenvolvimento desordenado? É possível que a resposta esteja ligada, pelo menos em parte, ao chamado desenvolvimento sustentado, no qual é possível o uso racional dos ecossistemas em benefício do homem, sem que estes sejam destruídos, mas uns sustentam os outros.
Desenvolvimento Sustentável
O que é, importância para o meio ambiente, sugestões e atitudes favoráveis

Geração de energia eólica e solar: colaborando para o desenvolvimento sustentável
Introdução

Acompanhamos no dia-a-dia o quanto o ser humano está destruindo o meio ambiente.
O crescimento das cidades, as indústrias e os veículos estão causando transtornos para o ar, o solo e as águas. O desenvolvimento é necessário, porém, o ser humano precisa respeitar o meio ambiente, pois dependemos dele para sobreviver neste planeta.
Desenvolvimento sustentável significa conseguir obter o necessário desenvolvimento econômico, garantindo o equilíbrio ecológico.
Sugestões para o desenvolvimento sustentável:
- Reciclagem de diversos tipos de materiais: reciclagem de papel, alumínio, plástico, vidro, ferro, borracha, etc;
- Coleta seletiva de lixo;
- Tratamento de esgotos industriais e domésticos para que não sejam jogados em rios, lagos, córregos e mares;
- Descarte de baterias de celulares e outros equipamentos eletrônicos em locais especializados. Estas baterias nunca devem ser jogadas em lixo comum;
- Geração de energia através de fontes não poluentes como, por exemplo, eólica, solar e geotérmica.
- Substituição, em supermercados e lojas, das sacolas plásticas pelas feitas de papel;
- Uso racional (sem desperdício) de recursos da natureza como, por exemplo, a água;
- Diminuição na utilização de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), substituindo-os por biocombustíveis;
- Utilização de técnicas agrícolas que não prejudiquem o solo;
- Substituição gradual dos meios de transportes individuais (carros particulares) por coletivos (metrô);
- Criação de sistemas urbanos (ciclovias) capazes de permitir a utilização de bicicletas como meio de transporte eficiente e seguro;
- Incentivo ao transporte solidário (um veículo circulando com várias pessoas);
- Combate ao desmatamento ilegal de matas e florestas;
- Combate à ocupação irregular em regiões de mananciais;
- Criação de áreas verdes nos grandes centros urbanos;
- Manutenção e preservação dos ecossistemas.
- Valorização da produção e consumo de alimentos orgânicos.
- Implantação, nos grandes centros urbanos, da técnica do telhado verde.
Estas são apenas algumas sugestões para que o ser humano consiga estabelecer o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a manutenção do meio ambiente. Desenvolvimento sustentável é o grande desafio do século XXI e todos podem colaborar para que possamos atingir este importante objetivo.
Sustentabilidade
O que é sustentabilidade, conceito, desenvolvimento sustentável, gestão sustentável, meio ambiente, ações
Sustentabilidade: desenvolvimento presente garatindo o futuro das próximas gerações
Conceito de sustentabilidade

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas a sustentabilidade
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.
Responsabilidade Ambiental
O que é responsabilidade ambiental, atitudes, exemplos, sustentabilidade nas empresas
Responsabilidade ambiental: atitudes voltadas para a proteção do meio ambiente
O que é responsabilidade ambiental
Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes, individuais ou empresarias, voltado para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade.
Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental individual:
- Realizar a reciclagem de lixo (resíduos sólidos).
- Não jogar óleo de cozinha no sistema de esgoto.
- Usar de forma racional, economizando sempre que possível, a água.
- Buscar consumir produtos com certificação ambiental e de empresas que respeitem o meio ambiente em seus processos produtivos.
- Usar transporte individual (carros e motos) só quando necessário, dando prioridades para o transporte coletivo ou bicicleta.
- Comprar e usar eletrodomésticos com baixo consumo de energia.
- Economizar energia elétrica nas tarefas domésticas cotidianas.
- Evitar o uso de sacolas plásticas nos supermercados.
Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental empresarial:
- Criação e implantação de um sistema de gestão ambiental na empresa.
- Tratar e reutilizar a água dentro do processo produtivo.
- Criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental.
- Dar prioridade para o uso de sistemas de transporte não poluentes ou com baixo índice de poluição. Exemplos: transporte ferroviário e marítimo.
- Criar sistema de reciclagem de resíduos sólidos dentro da empresa.
- Treinar e informar os funcionários sobre a importância da sustentabilidade.
- Dar preferência para a compra de matéria-prima de empresas que também sigam os princípios da responsabilidade ambiental.
- Dar preferência, sempre que possível, para o uso de fontes de energia limpas e renováveis no processo produtivo.
- Nunca adotar ações que possam provocar danos ao meio ambiente como, por exemplo, poluição de rios e desmatamento.
Agenda 21
O que é a Agenda 21, objetivos, Eco-92, informações sobre a Agenda 21, temas, Rio-92
Agenda 21: importantes medidas rumo ao desenvolvimento sustentável
O que é a Agenda 21

Agenda 21 é um conjunto de resoluções tomadas na conferência internacional Eco-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro entre 3 e 4 de junho de 1992. Organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) contou com a participação de 179 países e resultou em medidas para conciliar crescimento econômico e social com a preservação do meio ambiente. Na Agenda 21 cada país definiu as bases para a preservação do meio ambiente em seu território, possibilitando o desenvolvimento sustentável.
Principais temas tratados na Agenda 21
- Combate à pobreza.
- Cooperação entre as nações para chegar ao desenvolvimento sustentável.
- Sustentabilidade e crescimento demográfico.
- Proteção da atmosfera.
- Planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra.
- Combate ao desmatamento das matas e florestas no mundo.
- Combate à desertificação e seca.
- Preservação dos diversos ecossistemas do planeta com atenção especial aos ecossistemas frágeis.
- Desenvolvimento rural com sustentabilidade.
- Preservação dos recursos hídricos, principalmente das fontes de água doce do planeta.
- Conservação da biodiversidade no planeta.
- Tratamento e destinação responsável dos diversos tipos de resíduos (sólidos, orgânicos, hospitalares, tóxicos, radioativos).
- Fortalecimento das ONGs na busca do desenvolvimento sustentável.
- Educação como forma de conscientização para as questões de proteção ao meio ambiente.
Gestão Ambiental
O que é Gestão Ambiental, desenvolvimento sustentável, meio ambiente, objetivos e métodos do sistema, ISO 14000
Gestão Ambiental: sistema importante para as empresas preocupadas com o meio ambiente
O que é Gestão Ambiental?
Gestão ambiental é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na sustentabilidade. Desta forma, a gestão ambiental visa o uso de práticas e métodos administrativos que reduzir ao máximo o impacto ambiental das atividades econômicas nos recursos da natureza.
Métodos e objetivos principais da gestão ambiental:
- Uso de recursos naturais de forma racional.
- Aplicação de métodos que visem a manutenção da biodiversidade.
- Adoção de sistemas de reciclagem de resíduos sólidos.
- Utilização sustentável de recursos naturais.
- Tratamento e reutilização da água e outros recursos naturais dentro do processo produtivo.
- Criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental.
- Uso de sistemas que garantam a não poluição ambiental. Exemplo: sistema carbono zero.
- Treinamento de funcionários para que conheçam o sistema de sustentabilidade da empresa, sua importância e formas de colaboração.
- Criação de programas de pós-consumo para retirar do meio ambiente os produtos, ou partes deles, que possam contaminar o solo, rios, etc. Exemplo: recolhimento e tratamento de pneus usados, pilhas, baterias de telefones celulares, peças de computador, etc.
Importância para as empresas
A adoção de gestão ambiental é importante para uma empresa por diversos motivos. Em primeiro lugar porque ela associa sua imagem ao da preservação ambiental, melhorando no mercado as imagens das marcas de seus produtos. Empresas que adotam este sistema conseguem reduzir seus custos, evitando desperdícios e reutilizando materiais que antes eram descartados. Empresas com gestão ambiental melhoram suas relações comerciais com outras empresas que também seguem estes princípios.
ISO 14000
O ISO 14000 é um conjunto de normas técnicas e administrativas que estabelece parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas dos setores privado e público. Estas normas foram criadas pela International Organization for Standardization - ISO (Organização Internacional para Padronização).

Protocolo de Kyoto
O que é, objetivos, ações, diminuição do aquecimento global, gases poluentes
Objetivo é diminuir a emissão de gases poluentes e o aquecimento global
Introdução
O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes, são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão).
Objetivos e Informações
No documento, há um cronograma em que os países são obrigados a reduzir, em 5,2%, a emissão de gases poluentes, entre os anos de 2008 e 2012 (primeira fase do acordo). Os gases citados no acordo são: dióxido de carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. Estes últimos três são eliminados principalmente por indústrias.
A emissão destes poluentes deve ocorrer em vários setores econômicos e ambientais. Os países devem colaborar entre si para atingirem as metas. O protocolo sugere ações comuns como, por exemplo:
- aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar);
- proteção de florestas e outras áreas verdes;
- otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional;
- diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico.
- definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes).
Expectativas
Os especialistas em clima e meio ambiente esperam que o sucesso do Protocolo de Kyoto possa diminuir a temperatura global entre 1,5 e 5,8º C até o final do século XXI. Desta forma, o ser humano poderá evitar as catástrofes climáticas de alta intensidade que estão previstas para o futuro.

Doenças causadas por virus.

Influenza A subtipo H1N1
Influenza A subtipo H1N1 também conhecido como A(H1N1), é um subtipo de Influenzavirus A e a causa mais comum da influenza (gripe) em humanos. A letra H refere-se à proteína hemaglutinina e a letra N à proteína neuraminidase. Este subtipo deu origem, por mutação, a várias estirpes, incluindo a da gripe espanhola (atualmente extinta), estirpes moderadas de gripe humana, estirpes endémicas de gripe suína e várias estirpes encontradas em aves.

Variantes de H1N1 de baixa patogenicidade existem em estado selvagem, causando cerca de metade de todas as infecções por gripe em 2006.
Em Abril de 2009, um surto de H1N1 matou mais de 100 pessoas no México, e pensava-se existirem mais de 1500 indivíduos infectados em todo o mundo em 26 de Abril de 2009. O Centers for Disease Control and Prevention nos Estados Unidos avisou que era possível que este surto desse origem a uma pandemia. No balanço oficial da OMS divulgado no começo da manhã de 8 de maio de 2009, que não inclui o aumento de casos na América do Norte, Europa e América Latina, o número de contaminados era de 2384, com 42 mortes.
Sintomas da gripe influenza “A” (H1N1)
Inicialmente, a gripe se parece com um resfriado comum, com congestão nasal, coriza, espirros e dor de garganta. Mas resfriados normalmente se desenvolvem lentamente, ao passo que a gripe tende a começar repentinamente. Geralmente um resfriado causa apenas um mal-estar. Na gripe, os sintomas são bem piores e a pessoa se sente muito mal.
Os sinais e sintomas mais comuns da gripe são:
Febre com temperatura superior a 38°C em adultos. Em crianças, a febre pode ser alta, com temperaturas de 39,5°C a 40,5°C.
- Suor e calafrios.
- Dores de cabeça.
- Tosse seca.
- Dores musculares, especialmente nas costas, braços e pernas.
- Fadiga e fraqueza.
- Congestão nasal.
- Perda de apetite.
- Diarréia e vômito em crianças.
Em casos onde haja piora dos sintomas com tosse com catarro, febre alta e dor torácica (ou nos pulmões) ao respirar, isto pode indicar a presença de uma pneumonia. Nestes casos, procure um médico o mais breve possível.
Resfriado comum
O resfriado comum é uma infecção viral do revestimento do nariz, dos seios da face, da garganta e das grandes vias respiratórias. Pode ser causado por muitos vírus diferentes como o picornavírus ou o rinovírus, e a exposição ao frio em si não causa resfriado nem aumenta a suscetibilidade do indivíduo à infecção por um vírus respiratório.

Sintomas do resfriado comum
Os sintomas do resfriado comum começam 1 a 3 dias e desaparece entre o 4º e o décimo dia após a infecção, e estão descritos a seguir em ordem de evolução:
• Desconforto no nariz ou na garganta;
• Espirros e coriza com secreção aquosa e transparente que pode ser muito abundante durante os dois primeiros dias;
• Sensação de mal-estar geral;
• Espessamento da secressão com uma coloração amarelo-esverdeada.
• Tosse que poe durar até duas semanas após os sintomas do resfriado desaparecerem.
As pessoas que têm asma ou bronquite podem sentir maior dificuldade respiratória durante e após um resfriado.
Após um resfriado é comum ocorrer uma infecção bacteriana nos ouvido, nos seios da face, na traquéia e nas vias respiratórias, e em qualquer desses casos o tratamento com antibióticos é indicado.
Cuidados
• Mudar de roupa quando estiver molhado;
• Evitar correntes de ar;
• Evitar ficar próximo de outras pessoas;
• Procurar repousar;
• Alimentação leve e com frutas;
• Tomar líquidos, de preferência sucos (limonada, laranja uso de mel ajuda no tratamento).
Caso o paciente não apresente melhoria, procurar o medico mais próximo para uma avaliação. Medicamentos só deverão ser ingeridos através de prescrição médica e apenas devem ser usados para complicações raras por bactérias.

REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resfriado
Dicionário de Termos Médicos, Enfermagem e Radiologia.

Hepatites

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais freqüente nas formas agudas). Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus(vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Outras causas: drogas (antiinflamatórios, anticonvulsivantes, sulfas, derivados imidazólicos, hormônios tireoidianos, anticoncepcionais, etc), distúrbios metabólicos (doença de Wilson, politransfundidos, hemossiderose, hemocromatose, etc), transinfecciosa, pós-choque. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. A grande maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou leva a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por "trisa" ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.

Hepatites Virais
Considerada a maior pandemia mundial da atualidade. 60 a 80% cronificam em 15-20 anos, evoluindo para cirrose hepática, e 1-2% para hepatocarcinoma. Brasil é hoje um país que tem portadores crônicos de hepatite B e hepatite C, segundo conceitos do Organização Mundial da Saúde, de nível mediano: 1-3%.
• Quadro clínico (primeiros 3 a 10 dias – pródromo):
o febre,
o mal-estar,
o inapetência,
o mialgia,
o cefaléia,
o náuseas,
o adinamia
• Após cessam sintomas prodrômicos e iniciam-se:
o colúria,
o acolia,
o icterícia.
Quanto mais sintomática for a fase aguda da doença, maior a chance da doença hepática se cronificar
• Exame físico:
o micropoliadenopatia pequena,
o hepatomegalia discreta e dolorosa (devido à distensão da cápsula hepática),
o pequena esplenomegalia reacional,
o mais raramente: sinais meníngeos, artralgia, rash cutâneo.
• Diagnóstico diferencial:
o outras etiologias de hepatites,
o leptospirose,
o malária,
o febre amarela,
o sepse,
o obstrução de vias biliares.
Hepatite A

É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma subclínica. Altamente contagiosa, sua transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade permanente. Existe vacina segura para hepatite A. A transmissão através de agulhas ou sangue é rara. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarreia. A icterícia é mais comum no adulto (60%) do que na criança (25%). A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. É considerada uma hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber sintomáticos e tomar medidas de higiene para prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante. O período de incubação do vírus da hepatite A é de 30 dias.
Hepatite B

Sua transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como através da relação sexual. É considerada também uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode cronificar e provocar a cirrose hepática. A prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais e não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único. Quanto mais cedo se adquire o vírus, maiores as chances de ter uma cirrose hepática. Existe vacina para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares e deve ser repetida a cada 10 anos. O período de incubação do vírus da hepatite B é de 90 dias.
Hepatite C

Hepatite que pode ser adquirida através de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, piercings, e em manicure, ainda não foi comprovado que pode ser contagiosa por relações sexuais. É de grande preocupação para a Saúde Pública. A grande maioria dos pacientes é assintomática no período agudo da doença, mas podem ser semelhantes aos das outras hepatites virais. Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, atingindo níveis dez vezes maiores no continente africano. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado.
A prevenção é feita evitando-se o uso de materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em manicures. A esterilização destes materiais é possível, porém não há controle e as pessoas que ‘dizem’ que esterilizam não têm o preparo necessário para fazer uma esterilização real. Não existe vacina para a hepatite C e é considerada pela Organização Mundial da Saúde como o maior problema de saúde pública, é a maior causa de transplante hepático e transmite-se pelo sangue mais facilmente do que a AIDS.
O anti-HCV positivo detecta infecção atual ou pregressa. Pode ser necessário biópsia hepática para descartar malignidade e determinar o grau da doença. A detecção do ácido ribonucleico (RNA) do vírus caracteriza a presença do vírus no hospedeiro.
Aproximadamente metade dos pacientes tratados irão se curar. Possuem melhores resposta ao tratamento os pacientes com idade inferior a 40 anos, do sexo feminino, com genótipos 2 ou 3, que não apresentem cirrose e de peso inferior a 85 quilogramas. O período de incubação do vírus da hepatite C é de 45 dias.
Hepatite não A não B não C
Termo antigo muito usado para hepatites que não eram nem A nem B, que hoje se reconhece ser a maioria do tipo C, podendo ser também E.
Hepatite D
Causada por RNA-vírus (tão pequeno que é incapaz de produzir seu próprio envelope protéico e de infectar uma pessoa), só tem importância quando associada à hepatite B, pois a potencializa. Isoladamente parece não causar infecção. Geralmente encontrado em pacientes portadores do vírus HIV e está mais relacionado à cronificação da hepatite e também à hepatocarcinoma.
Hepatite E
É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que se pode curar de forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contato com alimentos e água contaminados, e os sintoma iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum após enchentes Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarréia. É considerada uma hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres grávidas, principalmente no terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite fulminante. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber medicamentos sintomáticos e repousar. Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar alimentos e bebidas de vendedores ambulantes.
Hepatite F
DNA-vírus, transmitido a macacos Rhesus sp. em laboratório experimentalmente, através de extratos de fezes de macacos infectados. Ainda não há relatos de casos em humanos.
Hepatite G
A hepatite G foi a hepatite descoberta mais recentemente (em 1995) e é provocada pelo vírus VHG (vírus mutante do vírus da hepatite C) que se estima ser responsável por 0,3% de todas as hepatites víricas. Desconhecem-se, ainda, todas as formas de contágio possíveis, mas sabe-se que a doença é transmitida, sobretudo, pelo contato sanguíneo (transmissão parenteral). Pode evoluir para infecção persistente com prevalência de 2% entre doadores de sangue. Em análises feitas nos Estados Unidos da América aos doadores de sangue demonstrou-se que cerca de dois por cento já teve contacto com o vírus. Supõe-se que o VHG se encontre em 20 a 30% dos utilizadores de drogas injectáveis e em dez por cento das pessoas que foram sujeitas a uma transfusão de sangue. Em cerca de 20% dos doentes com infecção pelos VHB ou VHC é possível detectar anticorpos para o VHG, mas esta coinfecção não parece influenciar a evolução daquelas hepatites. Não foi ainda possível determinar com exactidão – dado que a descoberta da doença e do vírus que a provoca foram recentes –, as consequências da infecção com o vírus da hepatite G. A infecção aguda é geralmente «suave» e transitória e existem relatos duvidosos de casos de hepatite fulminante (os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão definitiva sobre as causas destas hepatites fulminantes). Noventa a 100 por cento dos infectados tornam-se portadores crónicos mas podem nunca vir a sofrer de uma doença hepática. Até agora não foi possível comprovar que a infecção pelo VHG conduza a casos de cirrose ou de cancro no fígado. Diagnóstico: pesquisa HGV-RNA.

Outras hepatites virais
Outros vírus podem causar hepatites, porém sem ser causa comum. São potencialmente causadores de hepatite em pacientes submetidos a transfusões sanguíneas e imunodeprimidos o Epstein-Barr, o citomegalovírus e o herpes zoster. Outros agentes de importância são os vírus da dengue e febre amarela.
HIV
O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV (sigla originada do inglês: Human Immunodeficiency Virus), é um vírus pertencente à classe dos retrovírus e causador da aids.

Ao entrar no organismo humano, o HIV age no interior das células do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo. As células de defesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitos CD4+, justamente aquelas que comandam a reposta específica de defesa do corpo diante de agentes como vírus e bactérias.
O HIV tem a capacidade de se ligar a um componente da membrana dos linfócitos, o CD4, e penetrar nessas células, para poder se multiplicar. O HIV vai usar o DNA da célula para fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe a célula e os novos vírus caem na corrente sanguínea, indo buscar outras células para continuar sua multiplicação.
As células do sistema imunológico de uma pessoa infectada pelo vírus começam então a funcionar com menos eficiência e, com o tempo, a capacidade do organismo em combater doenças comuns diminui, deixando a pessoa sujeita ao aparecimento de vários tipos de doenças e infecções.
O HIV pode levar vários anos, entre o momento da infecção até o surgimento dos primeiros sintomas. Esta fase se denomina de assintomática, pois a pessoa não apresenta nenhum sintoma ou sinal da doença. Este período entre a infecção pelo HIV e a manifestação dos primeiros sintomas da aids irá depender, principalmente, do estado de saúde da pessoa.
Quando se diz que uma pessoa tem HIV, está fazendo referência a essa fase assintomática da doença. Quando se fala em pessoa com Aids, significa dizer que ela já apresenta sintomas que caracterizam a doença, o que geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus HIV.Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitas pessoas soropositivas que vivem durante anos sem desenvolver a doença. No entanto, podem transmitir o HIV aos outros pelas relações sexuais desprotegidas, por compartilhar seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez.
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), membro da família de vírus conhecida como Retroviridae (retrovírus), classificado na subfamília dos Lentiviridae (lentivírus). Estes vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. A infecção humana pelo vírus HIV provoca uma moléstia complexa denominada síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

Blastomicose

Blastomicose
Nomes alternativos:
doença de Gilchrist, blastomicose norte-americana

A blastomicose é uma infecção causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis. A blastomicose é principalmente uma afecção pulmonar, mas por vezes estende-se a outras zonas através da corrente sanguínea. Os esporos de Blastomyces provavelmente penetram através das vias respiratórias quando são inalados. Não se sabe de onde partem os esporos do ambiente, mas uma vez relacionou-se uma epidemia com os refúgios dos castores. A maioria destas infecções ocorrem nos Estados Unidos e em zonas muito dispersas de África. Os homens entre 20 e 40 anos de idade são habitualmente os mais afetados. A doença é rara entre os doentes de SIDA.

Definição:
Infecção fúngica rara provocada pela inalação do fungo, Blastomyces dermatitidis, presente na madeira e no solo.
Causas, incidência e fatores de risco:
A doença é mais comum em homens. Limita-se, geograficamente, a regiões centro-sul e centro-oeste dos Estados Unidos e Canadá. Homens entre 30 e 50 anos são afetados com mais freqüência, mas não foi estabelecida uma relação ocupacional. A infecção pulmonar pode não provocar sintomas. Quando a infecção está disseminada podem aparecer lesões cutâneas (ver lesões cutâneas da blastomicose) ou ósseas; o sistema urogenital também pode ser afetado. A incidência é de 4 em cada 100.000 pessoas.

Sintomas e diagnóstico
A blastomicose dos pulmões começa gradualmente com febre, calafrios e sudação profusa. Depois podem associar-se tosse, com ou sem expectoração, dor no peito e dificuldade em respirar. Apesar de, em regra, a infecção pulmonar piorar lentamente, por vezes melhora sem tratamento.
A forma disseminada de blastomicose costuma afectar muitas áreas do corpo. É possível que apareça uma infecção cutânea sob a forma de pequenas protuberâncias (pápulas), que podem conter pus (papulopústulas). As pápulas e as papulopústulas duram pouco tempo e disseminam-se lentamente. Em seguida aparecem na pele placas salientes e verrugosas, rodeadas de minúsculos abcessos indolores (alguns têm o tamanho da cabeça de um alfinete). Os ossos podem apresentar tumefacções dolorosas. Os homens podem sofrer um edema doloroso do epidídimo (uma estrutura semelhante a um cordel agarrada aos testículos) ou então um profundo mal-estar devido a uma infecção da próstata (prostatite).
O médico estabelece o diagnóstico, por vezes, examinando ao microscópio uma amostra de expectoração ou de tecido infectado, como a pele. Se se encontram fungos, pode cultivar-se a amostra e analisá-la para confirmar o diagnóstico.
• tosse (o esputo pode ser marrom ou conter sangue)
• suores
• febre
• fadiga
• desconforto geral, agitação ou indisposição (mal-estar)
• perda de peso
• rigidez articular e dor articular
• dor e rigidez muscular
• exantemas (pode estar presente)
• lesões cutâneas de blastomicose
• dor no peito
Sinais e exames:
• história de residência em região geográfica de risco
• raio X de tórax (podem revelar nódulos ou pneumonia com formação de cavidades)
• biópsia de tecido
• biópsia de pele
• cultura do esputo/escarro
Tratamento:
O objetivo do tratamento é o controle da infecção com medicamentos. Anfotericina B, Cetoconazol ou outros agentes antifúngicos podem ser prescritos para todas as formas da doença. Com este tratamento, o doente começa a sentir-se melhor ao cabo de uma semana e o fungo desaparece rapidamente. Recomenda-se o acompanhamento médico para a detecção de recaídas da doença. Sem tratamento, a infecção piora lentamente e conduz à morte.

Expectativa (prognóstico):
Os pacientes com poucas lesões de pele apresentam um prognóstico melhor (resultado provável). Se não for tratada, a doença é progressiva e pode levar à morte.
Complicações:
• abscessos grandes
• recaída ou recorrência da doença
Quando consultar o médico:
Consulte um médico caso ocorram sintomas de blastomicose.
Prevenção:
Deve-se evitar viajar para regiões onde ocorre a doença para prevenir a exposição, o que não é viável para a maioria das pessoas. Apesar de não se conhecer outra forma de prevenção, a doença é rara, exceto em pessoas imunodeprimidas

Dermatomicose

Dermatomicose, s. f. (fr. dermatomycose; ing. dermatomycosis), é o nome dado a qualquer infecção cutânea provocada por fungos parasitas denominados dermatófitos.
As dermatomicoses dos animais domésticos constituem zoonoses importantes, urna vez que estes mantêm estreito contato com a espécie humana, dada a alta infectividade observada nesses processos. Relata-se a ocorrência de sete surtos de dermatomicoses, um por M. gypseum envolvendo um gato e um indivíduo do sexo feminino e os outros por M. canis envolvendo 20 indivíduos da espécie humana (adultos, jovens e crianças de ambos os sexos), 5 cães, 16 gatos e um macaco gibão (Hylobates lar).
As dermatomicoses dos cães e gatos constituem zoonoses de importância, uma vez que estes são, dentre os animais domésticos, os que mantêm mais estreito contato com a espécie humana, particularmente com as crianças, altamente susceptíveis a esses processos.
Por representarem alta percentagem das dermatopatias, os animais assumem papel relevante na clínica veterinária. As lesões clinicamente evidentes preocupam o proprietário, levando-o a procurar ajuda do profissional para diagnóstico, tratamento e orientação.
Numerosos surtos por espécies do gênero Microsporum são referidos na literatura internacional. Assim, verificam-se relatos de M. canis determinando dermatomicose no homem e, concomitantemente, nos animais em diferentes continentes como, Américas, Europa, Ásia, África e Oceania. Não há, entretanto, descrições de surtos interespecíficos por M. gypseum.
As micoses são causadas por fungos que gostam do calor, pois este favorece a sua propagação.
Praticamente todas as pessoas estão expostas ao contágio, pois os fungos proliferam um pouco por toda a parte, reproduzindo-se quando estão reunidas as condições ideais que conjugam temperatura elevada, humidade e escuridão.
Existem dois tipos de micoses no pé:
- na Pele
- na Unha
Qualquer que seja a sua forma as micoses são muito incómodas.
Existe tratamento, mas deve sempre ser recomendado por um podologista. É quase sempre prolongado não devendo ser interrompido assim que terminem os sintomas, pois os fungos podem resistir nas camadas mais profundas da pele.
MICOSES NA PELE (dermatomicoses)

Os pés são áreas cutâneas constantemente submetidas à acção do calor e humidade. Estes dois factores para além de favorecerem a colonização e desenvolvimento dos fungos, promovem localmente a maceração e fissuração da pele. Assim, estão reunidas as condições necessárias para a instalação da infecção fúngica.
A dermatomicose mais frequente e conhecida é o, vulgarmente chamado, pé-de-atleta.
Estima-se que cerca de 21% da população adulta possa estar afectada por pé de atleta.
Normalmente entre o 4º e 5º dedos, esta patologia causa prurido, descamação, maceração e fissuras podendo estender-se às outras pregas interdigitais, à superfície plantar dos pés e até pode atingir as unhas.
O nome ‘pé de atleta’ (quando localizado entre os dedos), deve-se ao facto desta forma de dermatomicose afectar mais frequentemente os desportistas. Devido ao facto da transpiração proporcionar um ambiente favorável ao seu desenvolvimento (as pessoas que suam muito dos pés deverão ter pelo menos dois pares de palmilhas personalizadas que deverão alternar, ou dois pares de sapatos, permitindo a um secar enquanto utilizam o outro), o desporto é um dos maiores aliados desta patologia. Contudo, nem tudo o que aparece nos pés de um desportista é pé-de-atleta e nem só os desportistas têm pé-de-atleta. Também a população em geral pode ser afectada, sendo mais frequente nos homens do que nas mulheres.

Epidemiologia
A transmissão direta de microsporum canis de cães e gatos de fato ocorre. até 30% dos casos de "tinha" humana em áreas urbanas foram associados a contato direto com animais.
A infecção resulta do contato de pele ou cabelo íntegro com escamas da pele ou fragmentos de pêlo infectados. As hifas crescem, então, em direção ao estrato córneo. Casos esporádicos de tinha são contraídos a partir de cães ou gatos (M. canis).
Logo a transmissão da dermatomicose dá-se pelo contato direto com o animal infectado.
Fatores de Contágio:

• Locais fechados e pouco arejados, nomeadamente locais húmidos e quentes como ginásios, balneários, piscinas, saunas, instalações de apoio dos veraneantes e praias
• Susceptibilidade/sensibilidade por parte de cada pessoa, mas cuja natureza é ainda desconhecida
• Baixa imunidade do organismo, que pode ser devida a stress, doenças como a sida e a diabetes, quimioterapia, entre outros
• Partilha de toalhas, tapetes, meias, sapatos
• Praticantes de desporto
• Pessoas menos novas
• Profissionais de limpeza e jardinagem
• Quem tem problemas como a diabetes, obesidade, podológicos, doenças cardiovasculares e imunodeficiências, etc.

Existem ainda os efeitos psicológicos da doença:
- Causa embaraço e vergonha;
- Provoca medo de contágio a outras pessoas;
- Provoca perda de auto estima, ansiedade e isolamento social.
Não esqueça: a interrupção do tratamento favorece a persistência do fungo, ou a sua recaída.
O acompanhamento podológico de pessoas com onicomicose garante tratamentos eficazes, principalmente após o resultado de análise ao fungo contribuindo desta forma para a melhoria substancial da qualidade de vida destes doentes.
Sintomatologia
Sintomas:
- Prurido (comichão)
- Borbulhas pequenas
- Dor
- Maceração, descamação e gretas interdigitais
- Descamação, secura e/ou fissuras nos bordos laterais dos pés
- Inflamação e rubor da pele
Se a pele não for tratada pode continuar a abrir fissuras e gretas, podendo levar a um grande desconforto e dor, bem como, proporcionar um cheiro desagradável.
Contudo, os fungos que originam o pé de atleta não revelam grande virulência.
Importa salientar que o número de géneros e espécies de fungos existentes no ambiente é normalmente muito elevado (230 mil tipos de fungos), mas que apenas alguns originam pé de atleta e outras micoses.
As dermatomicoses comumente provocam o aparecimento de lesões circinadas, evoluindo conforme as seguintes formas:
• Forma vesiculosa - As lesões primárias contém vesículas, que podem se fundir, romper e formar superfícies ulceradas com evolução para crostas. Esta forma é bastante inflamatória e, quase sempre evolui para a cura espontânea.
• Forma anular - Inicia-se por lesão eritemato-papulosa que cresce centrifugamente, com cura central a medida que há progressão pela periferia. Essas manifestações são, na maioria das vezes acompanhadas por prurido.
• Forma em placas - As placas são essencialmente descamativas e eritematosas e aumentam tanto o tamanho que podem chegar a comprometer extensas áreas do tegumento, podendo simular quadros de dermatite seborréica ou psoríase.
Prevenção
Os proprietários dos animais devem ser aconselhados a lavar bem as suas mãos, após a manipulação de cão ou gato infectado, e a não permitir que seus filhos brinquem com os animais, até que o tratamento tenha resolvido a moléstia.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Candidiase (Fungos).

Candidíase

- Antecedentes
- Sintomas
- Prevenção e Diagnóstico
- Tratamento

A candidíase é uma doença provocada por fungo e que deve ser tratada com antimicóticos. Suas manifestações podem ser diferentes nos vários indivíduos, mas elas têm algo em comum, pois provocam grande desconforto vaginal. Relacionada também com a alimentação, a candidíase, muitas vezes, pede ao organismo que retome um cardápio saudável para que o tratamento venha a surtir efeito mais rápido e prolongado. Verificar as origens ou os antecedentes da candidíase é muito importante, pois facilita o diagnóstico e a compreensão do tratamento.
A Cândida ou Monília é um fungo e a candidíase ou monolíase vaginal é, portanto, uma micose.
A candidíase é também conhecida como monolíase, uma espécie de afta, e é considerada uma infecção. O fato da Cândida albicans estar presente na maioria dos seres humanos não significa problema, a menos que esses organismos comecem a crescer acima de suas quantidades consideradas normais, provocando a infecção que prefere em especial as mulheres.

A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais freqüentes de infecção nos genitais. Além do prurido e do ardor, ela também provoca dispareunia, ou dor durante o coito, e a eliminação do corrimento vaginal em grumos. Com freqüência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e irritadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal. No homem, apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e, eventualmente, por um leve edema e pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual.

As mulheres grávidas são bastante propensas a esse tipo de infecção, bem como as mulheres na fase antes do período menstrual. Pacientes com deficiência do sistema imunológico, como os portadores de AIDS, são bastante sensíveis a essas infecções por não conseguirem combater esses germes naturalmente.

Antecedentes

A Candida se manifesta e começa a crescer em quantidades desproporcionais quando a resistência do organismo cai ou quando as defesas na região vaginal estão diminuídas.

Alguns fatores são causadores desta micose: antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica, medicamentos como anticoncepcionais e corticóides. Segundo o Dr. Cerri, existem outros fatores ainda que predispõem ao aparecimento da infecção, como o uso de medicamentos imunosupressivos, a obesidade, o uso de roupas justas etc. Também o uso de sprays nasais que contêm cortisona e/ou outros esteróides provoca o seu super crescimento no trato respiratório.

Algumas auto-observações podem ser um bom indicador para o paciente fornecer ao médico, para que este possa confirmar o diagnóstico de candidíase, como por exemplo algumas perguntas indicadas por Donna Gates e que o portador de Candidíase deve fazer a si mesmo:

1. Você já tomou tetraciclina ou outro antibiótico para acne por um mês ou mais?

2. Em alguma época de sua vida, você tomou algum outro antibiótico de 'amplo espectro' contra infecções respiratórias, urinárias ou outras, por 2 meses ou mais, ou, mesmo em períodos mais curtos, por quatro vezes no mesmo ano?

3. Em alguma época já sofreu desconforto devido a persistente prostatite, vaginite ou outros problemas que afetam os órgãos reprodutores?

4. Já ficou grávida por duas ou mais vezes?

5. Toma pílulas anticoncepcionais por mais de 2 anos?

6. Tomou alguma droga tipo cortisona via oral ou inalação por mais de 2 semanas?

7. A exposição a perfumes, inseticidas, odores de fábricas ou outros químicos provocam sintomas brandos, moderados ou severos?

8. Seus sintomas pioram em dias quentes e úmidos, ou em lugares mofados?

9. Já teve pé-de-atleta, coceiras ou outras infecções crônicas com fungos da pele ou unhas, que foram severos ou persistentes?

10. Você se percebe ávido por açúcar, pães ou bebidas alcoólicas?

Sintomas

É um dos mais irritantes corrimentos, relata Dr. Ramos, e provoca corrimento espesso, como uma nata de leite (tipo coalho), geralmente acompanhado de coceira ou irritação intensa. A candidíase pode ser observada eventualmente no parceiro sexual, diz o médico, o qual manifesta pequenas manchas vermelhas no seu órgão reprodutor. Isso significa que a infecção é sexualmente transmissível. Em geral, os agentes etiológicos das DST (doenças sexualmente transmissíveis) têm o trato genital humano como único reservatório e mal sobrevivem fora do corpo humano.
Candidíase irá afetar os indivíduos de formas diferentes - uns podem ter distúrbios gastrointestinais, outros podem ter problemas respiratórios e outros ainda, manifestações dermatológicas. Um problema comum a muitas pessoas, porém, é que muitos pacientes que sofrem de Candidíase não possuem ácido estomacal suficiente para impedir que a Cândida volte a aparecer assim que eles voltam para sua dieta normal.

Em geral a transmissão da candidíase ocorrerá se a parceira estiver predisposta a isto, isto é, se estiver imunologicamente predisposta e os seus mecanismos de defesa falhar por alguma razão. É uma doença muito comum nas mulheres e em geral é uma doença primária, isto é, surge em decorrência de algum desequilíbrio da flora vaginal normal da própria paciente e não por transmissão sexual, embora isto possa ocorrer.

Prevenção e Diagnóstico

O sistema imunológico é responsável por manter sob controle o crescimento da Candida albicans. Entretanto, se por alguma razão o sistema se tornar deprimido, ou também diante do uso prolongado de antibióticos, pílulas anticoncepcionais, esteróides como a prednisona, o sistema imunológico já não pode mais controlar o crescimento desse fungo. Com o crescimento descontrolado, ele pode causar uma série de problemas.

Segundo Dr. Ramos, o diagnóstico é feito através do exame ginecológico, além de exames de laboratório e do Papanicolau, onde o material é colhido e analisado microscopicamente.

Formas de prevenção:

Usar sabonete neutro, em banhos diários, preferencialmente mais de um banho por dia no verão. Usar roupa íntima de algodão, evitando produtos sintéticos, inclusive meia calça, para que a pele possa respirar e a umidade ser diminuída. No contato sexual, usar preservativo. É aconselhável fazer a higiene genital com muito cuidado, evitando o uso de duchas vaginais.

Tratamento

A Cândida se manifesta sob uma série de condições diferentes. O tratamento tem efeito em quatro a seis semanas, em cerca de 75% ou mais dos casos, às vezes mais cedo. Cerca de outros 25% necessitam de um tratamento mais prolongado.
O tratamento para combater a candidíase é feito à base de antimicóticos, mas deve-se tentar tratar as causas da candidíase para evitar as recidivas. Fazer uma dieta especial, preparada em conjunto com o médico a o nutricionista, ajuda a recuperar a saúde e a reconstruir o sistema imunológico.
O tratamento é sistêmico e também é feito com cremes locais à base de antifúngicos, em geral de 3a7 dias. Em casos mais resistentes, deve-se fazer o tratamento por via oral, bem como na suspeita de que o parceiro também tenha a doença, este deverá ser tratado.

Staphylococcus

Staphylococcus
segundo a nomenclatura latina internacional, ou em português Estafilococôs são um género de bactérias Gram-positivas, com forma de cocos que podem causar doenças no ser humano, sendo um dos mais comuns patogénios do homem.
Biologia

O estafilococos têm forma esférica (são cocos), cerca de 1 micrômetro de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas (staphylé é a palavra em grego para cacho de uvas). Após coloração por técnica de Gram, adquirem cor arroxeada ao microscópio óptico devido à sua membrana simples e parede celular de peptidoglicano grossa constituida por mureína, ácido teicóico e polissacarídeos.
Os estafilococos são férias facultativas, podendo viver em meios aeróbios, usando oxigênio, ou anaeróbios através de fermentação, mas possuem crescimento mais rápido em aerobiose. Não têm flagelo, sendo incapazes de locomover. Possuem temperatura ótima de crescimento de 37 °C, a mesma do corpo humano.
Fatores de virulência
Os fatores de virulência são todos os mecanismos que permitem a invasão do hóspede, ou a evasão da bactéria ao sistema imune. Cada estirpe tem geralmente apenas alguns destes fatores.
1. Têm cápsula que protege muitas estirpes contra fagocitose e o sistema imunitário.
2. Péptidoglicano, na parede celular: tem alguma atividade de endotoxina, estimulando a febre e vasodilatação excessivas, devido à produção pelas células imunitárias de citocinas como a IL-1..
3. Proteína A: especifica dos S.aureus. Neutraliza imunoglobulinas (anticorpos).
4. Ácidos teicóicos: são fibrilhas como o polissacarídeo A que servem para ancorar a bactéria, impedindo-a de ser arrastada (pelo sangue, urina, suor ou outros fluidos) da sua área de colonização.
5. Toxina alfa: produzida pelo Staphylococcus aureus, destroi vários tipos de células.
6. Toxina beta: produzida apenas pelo Staphylococcus aureus, destroi vários tipos de células.
7. Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococôs. É um surfactante que desestabiliza com a membrana celular Destroi, por lise celular (explosão dos conteúdos), eritrócitos e muitos outros tipos de células.
8. Toxina gama e leucocidina P-V: grupo de até seis toxinas que formam poros na membrana celular de leucócitos, destruindo-os por lise.
9. Coagulase: esta enzima coagula o sangue ao transformar o fibrinogénio em fibrina, da mesma forma que a trombina humana. A formação de coágulos à volta das bactérias dificulta o seu reconhecimento e fagocitose pelas células do sistema imunitário. Diferencial para Staphylococcus aureus
10. Fibrolisina ou estafilocinase: produzido pelo Staphylococcus aureus. Dissolve os coágulos de fibrina, o que é útil se forem tão grandes que impeçam a sua multiplicação e invasão.
11. Hialuronidase: degrada a matriz extra-celular humana, composta de ácido hialurónico, facilitando a invasão dos tecidos.
12. Catalase: protege as bactérias dos ataques com superoxidantes produzidos como defesa pelos leucócitos. A enzima catalase transforma o peróxido de oxigénio (presente na "água oxigenada" usada como asséptico) em água e oxigénio inofensivos.
13. Lipase: todos os Staphylococcus aureus e 30% dos outros produzem-nas. Dissiolvem lípidos neutralizando defesas lípidicas (que repelem água e causam desidratação das bactérias) como o sebo da pele e mucosas.
14. Penicilinase: produzida pelas estirpes resistentes ao antibiótico penicilina. Ela degrada o antibiótico. É espalhada por troca de plasmídeos contendo o gene nas trocas sexuais bacterianas.
15. Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a fase de crescimento. São peptídeos de pequeno peso molecular. São resistentes às enzimas digestivas e ao calor, não sendo destruídas pelos processos de cocção e esterilização. Agem na parede do estômago, nos receptores do nervo vago. São produzidas diversas toxinas, designadas por letras: A, B, C (C1 e C2), C, D, E, F e G.
Epidemiologia
Existem em todo o mundo.
Os estafilococos existem na pele de todas as pessoas, geralmente estirpes pouco virulentas (coagulase-negativas), embora frequentemente existam também Staphylococcus aureus sem causar doença. Por vezes também existem no intestino e tracto urinário.
São destruidos por desinfectantes, sabão e altas temperaturas. Resistem bem à desidratação, durante períodos alargados. Passam de pessoa para pessoa pelo contacto directo ou com objectos. As feridas e outras aberturas na pele, estados de debilidade, operações cirurgicas e doenças podem levar a um organismo até aí inofensivo se transformar em invasor.
Doenças causadas
As principais são:
• mastite bovina
• otite externa em caes
• doenças sistêmicas potencialmente fatais
• infecções cutâneas (piodermite)
• infecções oportunistas
• doenças das vias urinárias
• endocardite
Epidemiologia em alimentos

Hemácias em uma placa de Petri são utilizadas para o diagnóstico de infecção. A placa da esquerda mostra uma infecção por estafilococos e a da direita, por estreptococos.
Necessita de vários nutrientes para seu desenvolvimento. Por isso se reproduz com facilidade apenas em alimentos ricos em nutrientes à base de ovos, leite, carnes e açúcar. As intoxicações ocorrem normalmente em alimentos como laticínios: queijo frescal, creme de leite, chantilly, leite; produtos de confeitaria: tortas recheadas, creme de ovos, etc.; produtos de carne como presunto.
Sua origem é ou a matéria prima ou o manipulador de alimentos. Vive na pele de animais e humanos, assim como nas fossas nasais. Pode chegar no alimento através do animal ou pelo contato com humanos.
O alimento contaminado necessita ficar algumas horas em temperatura ambiente; é necessária a reprodução do Staphyloccous aureus no alimento para a produção da toxina. As falhas podem ocorrer por falta de higiene no manuseio associadas com tempeartura errada de armazenagem (temperatura ambiente: nos processos de resfriamento, descongelamento ou estocagem.)
A toxina formada não é destruída pelo cozimento; uma vez formada no alimento esse pode causar intoxicação mesmo após o processo, embora o microrganismos seja destruído.
A doença se caracteriza basicamente por vômitos intensos que se iniciam cerca de 2 h após a ingestão de alimentos com a toxina e duram algumas horas. Em geral o paciente se recupera sem maiores consequências, mas pessoas vulneráveis como bebês, idosos e pessoas debilitadas pode causar consequências mais graves.
É comum em alimentos e a legislação sanitária brasileira prevê seus limites, o que consta no site da ANVISA [1]. Na legislação é designado por Staphylococcus coagulase positiva simplesmente, pois é produtor da enzima coagulase (ver item 9, Fatores de virulência)
A prevenção se baseia em higiene pessoal: lavar as mãos com escovas, sabões desinfetantes; uso de máscaras, luvas e gorros pelo manipulador de alimento para evitar a contaminação dos alimentos e o uso de refrigeração adquada em todo o processo de alimentos. A temperatura de refrigeração deve ser sempre mantida inferior a 7o C
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é pela recolha de amostras, cultura com meio em disco de Petri e identificação por técnica de Gram e bioquimica (determinação das enzimas que produz). A sorologia (detecção de anticorpos especificos) também ajuda.
• As penicilinas resistentes à penicilinase são ainda a primeira escolha apesar do aumento na resistência.
• Oxacilina penicilina penicilase resistente que é a primeira droga de escolha em caso de infecçoes por S. aureus.
• Cefazolina: cefalosporina de primeira geração, resistente a penicilinase, segunda escolha no tratamento das infecções.
• Vancomicina se resistentes à penicilina penicilinase resistentes.
Em alimentos
A intoxicação é autolimitada. Pode ser necessário administração de antieméticos e hidratação do paciente em casos mais graves.
O diagnóstico é feito clinicamente pelos sintomas e laboratorialmente pela identificação da enterotoxina nas fezes do paciente. O quadro é fechado pelo isolamento do Staphylococcus aures no alimento, através de métodos microbiológicos e o a identificação do mesmo tipo de enterotoxina pela cepa isolada.
Para desencader o quadro, em geral as contagens no alimento devem ser altas: > 1.000.000 células de S. aureus/g do alimento. Contudo ele pode estar ausente no alimento cozido, pois é destruído pelo calor, embora a enterotoxina pré-formada antes do cozimento não.
Membros do Grupo
Há mais de 30 espécies pertencentes ao género, apenas algumas das quais causam doenças significativas.
• Staphylococcus aureus: é com a Escherichia coli uma das duas bactérias patogénicas mais comuns. Causa a maioria das infecções estafilocócicas.
• Staphylococcus epidermidis: causa endocardites e infecções de próteses.
• Staphylococcus saprophyticus: causa infecções do tracto urinário, especialmente em mulheres jovens sexualmente ativas.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Doenças causadas por: Bacterias, Fungos e Virus

Streptococcus pyogenes
é uma espécie de bactérias Gram-positivas com morfologia de coco, pertencentes ao género Streptococcus, do grupo A de Lancefield. Elas causam a faringite bacteriana comum.
Biologia
São cocos, com cerca de 0,5-1 micrómetros, que coram de roxo com a técnica Gram (positivos). Têm portanto paredes celulares grossas e uma membrana simples. Eles formam linhas ou pares em cultura, são anaeróbios facultativos e catalase-negativos. Em cultura de sangue, causam beta-hemolise, ou seja um halo claro à volta das suas colónias de hemólise (destruição dos eritrócitos) total.
Os S. pyogenes são imóveis e crescem otimamente a 37 °C. São inibidos por altas concentrações de glicose.

Factores de virulência
1. Cápsula, protege contra a fagocitose e reconhecimento pelo sistema imunitário.
2. Proteína M: são importantes na aderência da bactéria ao meio, inibem a fagocitose e degradam o factor C3b do sistema do complemento.
3. Proteínas tipo M: ligam-se a alguns tipos de anticorpos impedindo-os de actuar.
4. Estreptolisinas S e O destroem as membranas de eritrócitos e outras células, matando-as.
5. Exotoxinas pirogénicas: são superantígenos e activam os linfócitos de forma não especifica, provocando uma resposta imunitária desapropriada, com febre, e até choque e insuficiência de órgãos.
6. DNAses: destroem o DNA, um componente importante no pus, tornando-o mais líquido. Por esta razão o pus dos estreptococos costuma ser mais líquido, e o dos estafilococos, mais pastoso e granuloso.
7. Proteína F: dá aderência ao meio, impedindo-a de ser arrastada facilmente.
8. Hialuronidase: permitem degradar o meio extracelular, composto de ácido hialurónico e mais rápida invasão dos tecidos.
9. Peptidade do C5a: destroem o componente do complemento C5a.
Epidemiologia
É frequente colonizarem assintomaticamente a laringe (fazem-no em 10-20% da população). Não infectam mais nenhum animal. Por vezes podem colonizar as tonsilas e soltarem-se às vezes colónias de mau cheiro. A transmissão de pessoa a pessoa é por contacto directo ou via secreções (espirros, tosse).
Diagnóstico
É com cultura de amostras retiradas do doente, e observação microscópica com técnica de Gram. A sorologia (análise de anticorpos) também é útil. Deve-se seguir a linha de raciocínio: Gram Positivo dispostos em cadeias ou pares esféricos ou ovóides; Catalase Negativo; Oxidase Negativo; Presença de Beta hemólise em cultura de ágar sangue; Por fim antibiograma para identificação de sensibilidade a Bacitracina fechando o diagnóstico laboratorial.
Doenças causadas
• Faringite: A maioria dos casos é causada por vírus porém dos casos ocasionados por bactérias, 90% são devido às da espécie Streptococcus pyogenes. Após 2-4 dias de incubação, aparece subitamente febre, dores de garganta, mal-estar e dores de cabeça (cefaléia). É frequente a inflamação vermelha e edematosa da faringe ser visivel, observando através da boca.
• Escarlatina é uma complicação da faringite. Após 1-2 dias do aparecimento da faringite surgem eritemas (vermelhidão) no peito que se espalha mas não afecta a boca e as palmas das mãos. A língua é inicialmente amarela e depois vermelha-viva.
• Fasciite necrosante: mais conhecida coloquialmente como doença da "bactéria devoradora de carne" ("flesh eating bacteria"). Uma infecção profunda espalha-se a nível das fascias dos músculos esquelécticos. O tratamento não pode depender do antibiótico e é de emergência com cirurgia. A mortalidade ainda é de 50%.
• [Celulite]: infecção do tecido conjuntivo frouxo, profundamente ao tecido subcutâneo, com inflamação.
• Erisipelas: infecção da pele com bolhas, vermelhidão e calor (eritema).
• Impetigo ou pioderma: é uma inflamação supurativa (com pus). Há formação de pústulas que se rompem deixando exposto a tela infradérmica, assim fazendo da região um sítio quente para infecções secundárias.
• Síndrome de choque tóxico: devida à disseminação no sangue. Há febre, mal-estar e outros sintomas inespecíficos seguidos de hipotensão, choque séptico e insuficiência de múltiplos órgãos. A taxa de mortalidade é alta (chegando a até 50%).
Complicações de doença estreptocócica
• Febre reumática: é uma doença autoimune desencadeada em raros casos de infecção por S.pyogenes. Após resolução da doença infecciosa, há inflamação asséptica (sem microorganismos) do coração (pancardite), articulações (artrite). Julga-se que a causa é a semelhança de alguns antigénios do S.pyogenes com moléculas presentes no coração e articulações. Após a resposta vigorosa contra a infecção pelo microorganismo, o sistema imunitário ataca as próprias estruturas similares do individuo. Se forem usados antibióticos para resolver a situação inicial, não é necessária uma resposta imune tão vigorosa e o risco de a febre reumática surgir é quase nulo.
• Glomerulonefrite pós-estreptocócica: danos renais causados pelos complexos de antigenios do S.pyogenes com anticorpos. Há hipertensão arterial, hematúria (sangue na urina) e proteínuria (perda de proteínas do sangue na urina). Em adultos pode haver perda progressiva da função e insuficiência renal crónica, mas em crianças não é comum.
Tratamento
São usadas penicilinas e derivados Beta lactâmicos. Resistente a Metaxazol.