Blastomicose
Nomes alternativos:
doença de Gilchrist, blastomicose norte-americana
A blastomicose é uma infecção causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis. A blastomicose é principalmente uma afecção pulmonar, mas por vezes estende-se a outras zonas através da corrente sanguínea. Os esporos de Blastomyces provavelmente penetram através das vias respiratórias quando são inalados. Não se sabe de onde partem os esporos do ambiente, mas uma vez relacionou-se uma epidemia com os refúgios dos castores. A maioria destas infecções ocorrem nos Estados Unidos e em zonas muito dispersas de África. Os homens entre 20 e 40 anos de idade são habitualmente os mais afetados. A doença é rara entre os doentes de SIDA.
Definição:
Infecção fúngica rara provocada pela inalação do fungo, Blastomyces dermatitidis, presente na madeira e no solo.
Causas, incidência e fatores de risco:
A doença é mais comum em homens. Limita-se, geograficamente, a regiões centro-sul e centro-oeste dos Estados Unidos e Canadá. Homens entre 30 e 50 anos são afetados com mais freqüência, mas não foi estabelecida uma relação ocupacional. A infecção pulmonar pode não provocar sintomas. Quando a infecção está disseminada podem aparecer lesões cutâneas (ver lesões cutâneas da blastomicose) ou ósseas; o sistema urogenital também pode ser afetado. A incidência é de 4 em cada 100.000 pessoas.
Sintomas e diagnóstico
A blastomicose dos pulmões começa gradualmente com febre, calafrios e sudação profusa. Depois podem associar-se tosse, com ou sem expectoração, dor no peito e dificuldade em respirar. Apesar de, em regra, a infecção pulmonar piorar lentamente, por vezes melhora sem tratamento.
A forma disseminada de blastomicose costuma afectar muitas áreas do corpo. É possível que apareça uma infecção cutânea sob a forma de pequenas protuberâncias (pápulas), que podem conter pus (papulopústulas). As pápulas e as papulopústulas duram pouco tempo e disseminam-se lentamente. Em seguida aparecem na pele placas salientes e verrugosas, rodeadas de minúsculos abcessos indolores (alguns têm o tamanho da cabeça de um alfinete). Os ossos podem apresentar tumefacções dolorosas. Os homens podem sofrer um edema doloroso do epidídimo (uma estrutura semelhante a um cordel agarrada aos testículos) ou então um profundo mal-estar devido a uma infecção da próstata (prostatite).
O médico estabelece o diagnóstico, por vezes, examinando ao microscópio uma amostra de expectoração ou de tecido infectado, como a pele. Se se encontram fungos, pode cultivar-se a amostra e analisá-la para confirmar o diagnóstico.
• tosse (o esputo pode ser marrom ou conter sangue)
• suores
• febre
• fadiga
• desconforto geral, agitação ou indisposição (mal-estar)
• perda de peso
• rigidez articular e dor articular
• dor e rigidez muscular
• exantemas (pode estar presente)
• lesões cutâneas de blastomicose
• dor no peito
Sinais e exames:
• história de residência em região geográfica de risco
• raio X de tórax (podem revelar nódulos ou pneumonia com formação de cavidades)
• biópsia de tecido
• biópsia de pele
• cultura do esputo/escarro
Tratamento:
O objetivo do tratamento é o controle da infecção com medicamentos. Anfotericina B, Cetoconazol ou outros agentes antifúngicos podem ser prescritos para todas as formas da doença. Com este tratamento, o doente começa a sentir-se melhor ao cabo de uma semana e o fungo desaparece rapidamente. Recomenda-se o acompanhamento médico para a detecção de recaídas da doença. Sem tratamento, a infecção piora lentamente e conduz à morte.
Expectativa (prognóstico):
Os pacientes com poucas lesões de pele apresentam um prognóstico melhor (resultado provável). Se não for tratada, a doença é progressiva e pode levar à morte.
Complicações:
• abscessos grandes
• recaída ou recorrência da doença
Quando consultar o médico:
Consulte um médico caso ocorram sintomas de blastomicose.
Prevenção:
Deve-se evitar viajar para regiões onde ocorre a doença para prevenir a exposição, o que não é viável para a maioria das pessoas. Apesar de não se conhecer outra forma de prevenção, a doença é rara, exceto em pessoas imunodeprimidas
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